sexta-feira, 24 de junho de 2011

Poesia


"Há certo gosto em pensar sozinho. É ato individual, como nascer e morrer."
Carlos Drummond de Andrade

É interessante pensar. É o único lugar onde ninguém pode te invadir, te expulsar, onde se pode fazer tudo o que se quer sem ser notado, perturbado ou censurado e melhor: onde você é livre, sem atingir ninguém. Um mundo inteiro só seu, que lhe é legado desde que você se consagra como um ser vivente. Possivelmente eu esteja falando lorotas, mesmo. Apenas eu e meus botões.

Perdão

 

"É difícil perdoar? E quem disse que é fácil ser perdoado?"
Cecilia Meireles

Começando a argumentar uma polêmica, eu e meus botões. Por que é difícil perdoar? Ou melhor, por que precisa ser difícil perdoar? Pergunta difícil; uma das razões chama-se EGO, de onde se deriva EGOÍSMO, que se dá por um sentimento inicial, chamado ORGULHO. O orgulho deveria ser usado em pequenas doses, apenas para nos garantir dignidade. Mas somos exagerados. EU sou exagerada. Que palavra feia... EU. É como se tudo girasse em torno desse EU. Com isso, meus amigos e eu (vejam só a palavrinha de novo) chegamos à conclusão da polêmica. É difícil perdoar simplesmente por causa do orgulho em demasia. Doravante isso pode mudar... Se todos fossem menos orgulhosos... Não sei. Possivelmente eu esteja falando lorotas mesmo. Apenas eu e meus botões.

Perspectiva

Adeus
Móveis Coloniais de Acaju

Quando eu vivo esse encontro,
Eu digo adeus
Refaço os meus planos
Pra rimar com os seus

Abandono o que é pronto
E digo adeus
Eu trago os meus sonhos
Pra somar aos seus

E toda vez que vier
Felicidade vai trazer
A cada vez que quiser
Basta a gente querer
Ser desta vez a melhor
E toda vez que vier
Felicidade a mais  (!)
A cada vez que quiser
Basta a gente dizer
Só uma vez (...)
Uma só voz .                                                            

Possivelmente eu esteja falando lorotas, mesmo. Apenas eu e meus botões.

Pensamento

Nem sempre o difícil é o melhor, sobrando ao fácil ser o pior. A vida nos abre possibilidades, e (às vezes) regras existem para serem quebradas. Concepções, concepções; já dizia Marina Colassanti: “Eu sei que a gente se acostuma... Mas não devia”.  Muitas vezes, é isso o que nos faz sedentários, e isso não é bom. O espírito aventureiro some e a necessidade tipicamente infantil de descobrir e o seu seqüente encantamento por tudo tem o mesmo destino. Minhas palavras podem ou não agradar, como saberei se não falar? Eu e o resto da humanidade com essa mania de querer saber de tudo, de adivinhar. Não sei... Possivelmente eu esteja falando lorotas mesmo. Apenas eu e meus botões.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Felicidade

Ao contrário de antes, me sinto extremamente feliz. Insuportavelmente, sabe? Não sei o que me aconteceu. Apenas me sinto FELIZ, a ponto de gritar, de correr, de abraçar, de falar palavras bonitas, de pular, de cantar. Me sinto efusiva. Sinto até medo de tal sensação, pode ser que no segundo seqüente eu me sinta horrível, triste e me feche em minha costumeira “fortaleza de vidro”. Mas enquanto essa tristeza súbita não me alcança, vou aproveitar esse sentimento em cada estágio seu. Hahaha. Possivelmente eu esteja falando lorotas, mesmo. Apenas eu e meus botões.

sábado, 11 de junho de 2011

Sugestão

É bem mais interessante manter “VELHAS” AMIZADES e fazer “NOVAS” AMIZADES sem deixar de lado nenhuma delas, mesmo que nem sempre isso saia do papel. Palavras bonitas à parte, somos seres humanos. Muitas vezes nos acomodamos (e meu caro leitor me dirá nesse instante se isso é verdade ou não, de acordo com seu critério pessoal), quando o certo a fazer é correr atrás ou simplesmente se importar com os, pequenos ou grandes, sentimentos alheios. A amizade só se torna o maior amor que existe quando há retorno, quando um percebe alterações no outro e vice-versa e, acima de tudo, quando há respeito... Simples capacidade de entender, no silêncio, quando um amigo precisa de você. Possivelmente eu esteja falando lorotas, mesmo. Apenas eu e meus botões.

Dúvida


Hoje não me sinto tão feliz. A vida é imprevisível, e costuma agir de má fé conosco; não obstante a isso, terminamos por amá-la. A felicidade resultante desse amor é um sentimento abstrato, que perseguimos durante toda uma vida. Ah, meu caro leitor, não cometas o erro de confundir felicidade com alegria. Alegria costuma ser passageira; a felicidade não.
Não me sinto feliz, não entendo porque. Que a vida era imprevisível eu já sabia, e isso nunca me impediu de sentir a felicidade fluindo em mim. Talvez eu sinta falta de algo. Talvez eu seja apenas mais uma sentimental, ou talvez não. Não sei. Apenas não me sinto feliz. Possivelmente eu esteja falando lorotas, mesmo. Apenas eu e meus botões.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Alheio

Interessante o jeito,
Reforçado e eleito
Que tem um homem ao se entregar.
Ser humano indefeso,
Confia facilmente...
Falhas perfeitas,
Força , azul e anil.
Mantém-se livre,
E vive, voa.
É arte saber;
Difícil é entender
O impulso, e isso basta.

Possivelmente eu esteja falando lorotas, mesmo. Apenas eu e meus botões.

sábado, 4 de junho de 2011

Impetuoso

Frio, sem alma; porém com tanto sentimento quanto é possível. Ele não demonstra o que sente, mas se preocupa com o que faz outros sentirem. Sensível, intenso. Poderoso, na medida do possível. Incontrolável, porém tangível. Força viva. Sintonia, moderação. Uma essência de quase impossível explicação. Para tal homem a sociedade não reserva limites. Antítese, sublimação e seu inverso. Ele guarda as próprias tristezas, elas não merecem o mundo. Alegrias e contentamento pessoal modesto são amigos próximos. Não controla o destino, age naturalmente. Para tal ser, os limites se reservam à sociedade. Polissemântico sem intenção de confundir; um convite à reflexão. Possivelmente eu esteja falando lorotas, mesmo. Apenas eu e meus botões.

Inspiração:

 Chopin
× Préludes op.28, N°4 en mi mineur
× Improviso n.1 Ab op.29
× Mazurka op.68 n.2 em Am
× Noturno op. post em C#m

Listz
× Anos de perigrinação n.1 – Eglogue
× Anos de perigrinação n.1 - Vallée d'Obermann
× Après une lecture du Dante - Fantasia quasi sonata

Concertos para Piano
× Concerto para piano em Am op.54 - 1 - Allegro affetuoso
× Concerto para piano em Am op.54 - 2 - Intermezzo Andante grazioso
× Concerto para piano em Am op.54 - 3 - Alegro vivace

Mendelssohn
× Suíte - Sonho de uma noite de verão